Em junho desse ano, o Governo de Sergipe conseguiu dar ordem de serviço para uma das obras mais importantes de Lagarto, região Centro-Sul do Estado: a duplicação da adutora do Piauitinga, que acabará com o problema de falta d’água no município pelos próximos 30 anos. Orçada em R$ 83,5 milhões, a obra conta com uma captação, uma Estação de Tratamento de Água (ETA), uma estação elevatória de água tratada, 46,6 km de adutoras, um reservatório de distribuição com capacidade de 2.000 m³ e 14.436 ligações prediais.
No entanto, segundo o deputado federal Fábio Reis (MDB), todo esse investimento pode não acontecer apenas pelo capricho do prefeito Valmir Monteiro (PSC). Algumas fases da obra já estão em andamento, inclusive com a licitação e entrega dos dutos. A licitação da obra em si também já foi realizada, mas para que o Ministério das Cidades autorize o seu início, o prefeito precisa renovar o contrato de concessão com a DESO.
“Estive hoje na Diretoria de Abastecimento do Ministério e confirmei essa informação. De imediato liguei para o prefeito que, para minha surpresa, disse que não iria assinar a concessão porque ‘Lagarto não tem problema de falta d’água’. Mesmo tentando convencê-lo, falando da importância da obra, apelando para deixar as questões políticas de lado, Valmir não foi sensível e reafirmou que não assinaria. Algo totalmente lamentável, porque foram dois anos lutando por esse investimento, junto com o Governo de Sergipe, e simplesmente por questão de birra pessoal, ele prefere prejudicar milhares de moradores”, lamentou o deputado federal.
Apesar da resistência do prefeito, Fábio Reis disse que espera que Valmir pense melhor, reflita e tome uma atitude de gestor, de homem público preocupado com o bem comum. “Além da nova rede de abastecimento, a obra irá gerar empregos e impostos para o Município com o recolhimento de ISS, justamente num período de crise. Espero que o prefeito reveja essa sua decisão”, disse.